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Como tornar as reuniões de pais mais produtivas?

Reuniões esclarecedoras e formativas são mais eficazes e fazem parte da proposta da escola do novo tempo.
Texto Eny MunizFotos Ricardo Davino

Já foi o tempo em que a reunião de pais precisava ser enfadonha, cansativa e que só nos preocupávamos em falar de resultados de avaliação e desempenho da aprendizagem. Abre-se uma nova era em que a reunião precisa ser criativa e atrativa, levando todos os pais a experenciar, ou seja, a vivenciar as experiências que seus filhos vivem dentro da escola. Essa é a melhor maneira de comunicar todo o universo escolar e ressignificar o encontro à vista de um novo tempo, de imprimir novas práticas para que os pais se sintam mais envolvidos no processo de aprendizagem dos seus filhos.

Mas, afinal de contas, como tornar as reuniões de pais mais produtivas? Ao refletir sobre a função social da escola, surge um questionamento sobre como acontece a relação Escola x Estudante x Família, em uma tríade em busca de pontos de convergência.

Em um mundo ideal, podemos pensar a necessidade de se estabelecer uma matriz de responsabilidades, em que fique claro qual o papel de cada um no desenvolvimento humano e integral de cada criança e adolescente. O que cabe à escola? O que cabe ao estudante? O que cabe à família? Escolas, estudantes e famílias mudam ao longo do tempo e criam a necessidade de se repensar como planejar reuniões que tenham significado e possam comunicar melhor a proposta pedagógica e o currículo da escola.

Um fator importante a ser considerado é o tempo da reunião: dia da semana e horário. Uma simples pesquisa pode revelar quais horários e dias atraem mais público, assim como quais temas os pais desejam saber mais. Na vida moderna, pais e mães trabalham fora, e a escola precisa entender o contexto da comunidade e propor, de modo mais efetivo, cronogramas flexíveis para ter um público maior de participantes. Outro item importante é o envio de uma pauta esclarecedora do que será tratado na reunião, com horário de início e término, não ultrapassando 50 minutos. Temas gerais podem ser tratados com todos os segmentos, mas essa estratégia nem sempre funciona porque a linguagem pode se tornar desnecessária para alguns participantes.

A reunião precisa ter objetivos claros e podemos promover um planejamento de formação de pais, construindo uma estrutura semelhante ao processo de formação de professores, com temas específicos que tragam soluções para as demandas elencadas pelas famílias, pelos professores ou mesmo pelos alunos. Sim, pelos alunos! Quem sabe qual seria o resultado de perguntar a eles sobre o que gostariam que a escola conversasse com seus pais?

Se faremos uma reunião para apresentar a proposta pedagógica da escola, seu currículo, encaminhamentos, enfim, seu fazer, é possível utilizar a rotação por estações para que os pais tenham acesso a informações de forma diversificada, lúdica e interessante. Quem sabe até mesmo utilizar a aprendizagem baseada em jogos. Pense nesse conteúdo como o mesmo a ser trabalhado em sala de aula. Pense nos pais como estudantes, o que você faria e por que faria? E mais ainda, como faria?

O Design Thinking também ajuda a promover encontros inesquecíveis de formação. A proposta é que esses pais sejam ativos na reunião, ou seja, que produzam algo. Criar um momento de experiência é o mais importante, vivenciar uma aula, por exemplo, pode faze-lo voltar à sua época de escola e a entender melhor o processo de aprendizagem.

E por falar em experiência, que tal desenvolver a dinâmica do marshmallow (vide quadro) com os pais para falar sobre cooperação, empatia, trabalho em grupo e colaboração? Todos esses elementos estão presentes nas aulas e podem ser a melhor forma de demonstrar quais valores queremos construir nos estudantes.

Hoje, há mais significado naquilo que experimentamos e vivenciamos porque a aprendizagem acontece pela experiência; portanto, se queremos que os pais sejam aprendentes, precisamos oportunizar tais momentos de construção.

Uma experiência interessante é elaborar os convites da reunião junto com as crianças, com suas letrinhas e desenhos, como se fosse um convite. E quem sabe até um vídeo estrelado pelo próprio pequeno e enviado pelo WhatsApp? Pense de que forma as tecnologias de informação e comunicação podem ajudar a comunicar de modo mais atraente a este público tão importante.

Para os mais velhos, proponha que a reunião seja feita por eles. Eles podem contar aos pais as atividades que desenvolvem, como se sentem e o que foram capazes de aprender durante um determinado período escolar, escolhendo as ferramentas do mundo digital para sua apresentação.
Se o objetivo da reunião é apresentar o material didático utilizado pela escola, escolha uma atividade bem interessante e desenvolva com os pais, mostrando o valor e o que uma proposta didática traz de experiência.
Todos os ambientes e recursos da escola devem ser aproveitados. Neste sentido, uma aula no laboratório de Química, Física, Biologia, uma construção no laboratório maker, uma aula de Arte no ateliê ou um ensaio de teatro dão oportunidades de desenvolver atividades com pais e filhos juntos. Imagine o seu estudante explicando ao pai como extrair o DNA da banana, por exemplo. Colocar família e filhos juntos em uma reunião potencializa a relação e fortalece vínculos.

Se conseguimos pensar em aulas mais criativas, podemos pensar em reuniões de pais mais criativas também. Mudar o formato pode ressignificar estes encontros. Filmes e músicas conseguem traduzir o que sentimos. Nas dinâmicas, use e abuse de recortes de filmes e músicas. Mas lembre-se nada de mídias com mais de um minuto e meio! Temas relevantes da atualidade também são atrativos: uso da tecnologia em casa, mundo digital, mídias sociais, hábito de estudo, projeto de vida.

O Design Thinking também ajuda a promover encontros inesquecíveis de formação. A proposta é que esses pais sejam ativos na reunião, ou seja, que produzam algo. Criar um momento de experiência é o mais importante, vivenciar uma aula, por exemplo, pode faze-lo voltar à sua época de escola e a entender melhor o processo de aprendizagem.

E por falar em experiência, que tal desenvolver a dinâmica do marshmallow (vide quadro) com os pais para falar sobre cooperação, empatia, trabalho em grupo e colaboração? Todos esses elementos estão presentes nas aulas e podem ser a melhor forma de demonstrar quais valores queremos construir nos estudantes.

Hoje, há mais significado naquilo que experimentamos e vivenciamos porque a aprendizagem acontece pela experiência; portanto, se queremos que os pais sejam aprendentes, precisamos oportunizar tais momentos de construção.

Uma experiência interessante é elaborar os convites da reunião junto com as crianças, com suas letrinhas e desenhos, como se fosse um convite. E quem sabe até um vídeo estrelado pelo próprio pequeno e enviado pelo WhatsApp? Pense de que forma as tecnologias de informação e comunicação podem ajudar a comunicar de modo mais atraente a este público tão importante.

Para os mais velhos, proponha que a reunião seja feita por eles. Eles podem contar aos pais as atividades que desenvolvem, como se sentem e o que foram capazes de aprender durante um determinado período escolar, escolhendo as ferramentas do mundo digital para sua apresentação.

Se o objetivo da reunião é apresentar o material didático utilizado pela escola, escolha uma atividade bem interessante e desenvolva com os pais, mostrando o valor e o que uma proposta didática traz de experiência.

Todos os ambientes e recursos da escola devem ser aproveitados. Neste sentido, uma aula no laboratório de Química, Física, Biologia, uma construção no laboratório maker, uma aula de Arte no ateliê ou um ensaio de teatro dão oportunidades de desenvolver atividades com pais e filhos juntos. Imagine o seu estudante explicando ao pai como extrair o DNA da banana, por exemplo. Colocar família e filhos juntos em uma reunião potencializa a relação e fortalece vínculos.

Se conseguimos pensar em aulas mais criativas, podemos pensar em reuniões de pais mais criativas também. Mudar o formato pode ressignificar estes encontros. Filmes e músicas conseguem traduzir o que sentimos. Nas dinâmicas, use e abuse de recortes de filmes e músicas. Mas lembre-se nada de mídias com mais de um minuto e meio! Temas relevantes da atualidade também são atrativos: uso da tecnologia em casa, mundo digital, mídias sociais, hábito de estudo, projeto de vida.

Entenda as expectativas dos pais

Os pais também possuem expectativas que podem ser atendidas. Normalmente, os responsáveis querem ajudar seus filhos nos deveres de casa, mas não aprenderam como as crianças aprendem, ou até mesmo esqueceram determinado conteúdo. Que tal organizar uma reunião formativa sobre como acompanhar a lição de casa? Mas precisamos, dentro da escola, definir qual o papel da lição de casa no contexto escolar. A que serve? A quem serve? Quais os objetivos? Quanto tempo dura a lição de casa? Quais os instrumentos necessários para a lição de casa? São perguntas que requerem respostas significativas. A família precisa garantir dois pontos importantes: onde e quando a lição será realizada. As famílias precisam garantir espaço físico (costumo dizer, em reunião de pais, que a ponta da mesa da sala de jantar é o melhor lugar da casa, para estudantes mais jovens) e o tempo. Criar a rotina da lição de casa é importante para a adoção de hábitos de estudo. Na escola, há rotina e precisamos (in)formar os pais sobre a sua importância. Quando entenderem o conceito de construção de hábitos de estudo, se tornarão parceiros da escola no processo. Assim, qual a melhor estratégia para comunicar isto em reunião? Que tal fazer os pais refletirem sobre as perguntas e arriscarem algumas respostas? A rotação por estações pode ajudar. Os pais podem criar cartazes com as suas respostas, utilizando materiais diversos (construção maker) e depois apresentarem suas respostas e considerações.

Se repensamos regularmente nosso papel em sala de aula, formamos nossos professores para uso de metodologias ativas, o que nos impede de inovar na reunião de pais? Não é difícil, apenas trabalhoso! Vamos juntos?


Como fazer o desafio do marshmallow?

Apresentado por Peter Skillman, o desafio do marshmallow é um desafio de design que valoriza o planejamento e trabalho em equipe. O objetivo é mostrar a importância da colaboração e da criatividade para resolver questões do dia a dia.

A ideia é simples: equipes de quatro pessoas têm de construir uma torre com estrutura estável usando apenas espaguete, barbante, fita adesiva e um marshmallow, sendo que, obrigatoriamente, o marshmallow precisa ficar, inteiro, no topo da torre.

Vence a equipe que conseguir construir a maior torre dentro do tempo estabelecido.

Passo 1
Prepare a sala de reunião com mesas separadas e divida os pais e responsáveis em grupos de quatro pessoas.

Passo 2
Entregue um kit para cada grupo:
► 20 fios de espaguete cru;
► 1 metro de fita adesiva;
► 1 metro de barbante;
► 1 marshmallow;
► 1 tesoura (para cortar o barbante).

Passo 3
Explique as regras do desafio:
a estrutura mais alta ganha: A equipe vencedora é a que tem a estrutura estável mais alta, medida a partir da superfície da mesa até o topo do marshmallow; 
o marshmallow deve estar inteiro no topo: 
cortar ou comer parte do marshmallow desqualifica a equipe;
manuseio dos materiais: As equipes são livres para quebrar o espaguete, cortar a fita ou o barbante como acharem melhor.
► Estabeleça o tempo de 18 minutos para montagem do protótipo.

Passo 4
► Finalize o tempo do desafio, meça os protótipos criados com uma trena e declare o vencedor.
► Peça para as equipes falarem sobre
as dificuldades e os processos utilizados para a construção do protótipo.


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